domingo, 24 de setembro de 2017

MULHERES TRAÍDAS E SOLITÁRIAS

  
Vai-se a primeira mulher traída e solitária...
Vai-se outra... mais outra... Enfim centenas
De mulheres vão-se das tristezas dos lares...
- Apenas calam-se sigilosas as suas moradas...

E à noite, quando voltam das ritualísticas noitadas...,
Os machistas encontram-nas serenas, plenas,
Belas adormecidas, felizes açucenas violadas...
Por outros, voluptuosamente bem regadas.

Também dos desejos onde ecoam...
Os afetos e corpos das mulheres sedentas voam...
Como pombas que, saciadas, voltam aos pombais...

Os homens que as traem mentem que as amam...
Elas, porém, quando a outros se entregam, sonham...
Porque aos tais já não amam mais...


AUTOR: CLEBERSON EDUARDO DA COSTA




LIVRO - O FILÓSOFO IRÔNICO


I
Ironia, talvez desconheçam muitos, não é sinônimo de sarcasmo. Por isso mesmo, nem de longe deve ela ser confundida com zombaria.
Sarcasmo e/ou zombaria são formas, mesmo que algumas vezes ditas cômicas, de humilhar e/ou ridicularizar alguém ou alguma ideia.
A ideia de ironia vem do grego antigo “ερωνεία” (“eironēia”) e significa, em síntese, “dissimulação'”. É entendida, conceitualmente, todavia, de duas formas distintas: a ironia filosófica; e a ironia literária.
1-   Na forma filosófica, embora existam outros filósofos considerados irônicos (Voltaire, Kierkegaard, etc.), o conceito de ironia está especificamente atrelado ao filósofo Sócrates, introduzido este por Aristóteles, entendido como Método Socrático. Este, por sua vez, refere-se especificamente ao recurso epistemológico utilizado por Sócrates, descrito nos diálogos platônicos, e que, em síntese, significa simular ignorância, isto é: fazer perguntas fingindo aceitar as respostas do interlocutor (oponente), até que este chegue a uma contradição e perceba, dentro do processo dialógico ou mesmo fora dele, os paradoxos, disparates ou absurdos do seu próprio raciocínio. Sócrates, sendo assim:
a-   Criou um método de busca pelo conhecimento, e não propriamente uma figura de linguagem;
b-   Criou um caminho, pode-se dizer didático, sem ridicularizar quem quer que fosse, para poder questionar, contradizer, refutar, problematizar, e, na mesma via, ir de encontro à construção de conceitos;
c-   Criou uma técnica filosófica para poder romper com o estado aporético, ou seja, com o impasse na busca do entendimento, visando sempre trazer à luz (maiêutica) o axioma (teoria da reminiscência).
2-   Na forma literária, por outro lado, a ironia apresenta-se como um modo de expressão ou figura retórica por meio da qual se busca dizer o contrário daquilo que se quer dizer. Isto é, por meio do uso dela, cria-se uma pausa visando buscar a reflexão do leitor ou interlocutor: uma reflexão sobre aquilo que se escreve ou diz e aquilo que realmente se pensa. A ironia, dentro desse contexto, é muitas vezes usada como forma de crítica, censura ou denúncia.
II
Tanto dentro do conceito de ironia filosófica quanto literária, porém, existem três diferentes tipos de expressões ou manifestações irônicas, a saber:
1- A ORAL: é quando alguém quer dizer uma coisa mas diz outra, ou seja, fala o contrário do intencionado.
2- A DRAMÁTICA OU SATÍRICA: Numa cena ou diálogo, a plateia ou outro ouvinte qualquer entende o significado da situação, palavra ou expressão usada – menos o interlocutor ou personagem.
3- A DÍSPARE OU DE DISPARIDADE: o resultado da ação, algumas vezes cômico, outras trágico, é diferente ou contrário ao planejado ou esperado. Muitos, diante desse tipo de ironia, habituaram-se a, por exemplo, chamá-la de “ironia do destino”.
III
O livro, uma antologia de ensaios, aforismos, crônicas, contos e poemas, aborda temáticas diversas: política, justiça, educação, economia, aspectos sociais, machismo, feminismo, amor, felicidades, etc.

Embora traga algo de provocação em viés literário, a ideia (ou o sentido) de ironia nele contido é filosófica, ou seja, está ancorada nos axiomas ou princípios maiêutico-metodológicos de Sócrates.

Sobre a Coleção

Há algum tempo tivemos a ideia de realizarmos uma criteriosa análise em relação a obras que chegavam às nossas mãos pleiteando publicação e, assim, escolhendo as melhores, publicá-las, autor por autor, algumas em edição bilíngue, numa coleção chamada “FILÓSOFOS DO NOSSO TEMPO”. E hoje ela finalmente está aí, trazendo o melhor dos filósofos contemporâneos para vocês.
A cada nova publicação ou edição, temos descoberto excelentes pensadores. Filósofos que possuem não somente excelente formação, mas também a capacidade de, com as suas ideias, nos fazerem pensar de maneira crítica, dando-nos a possibilidade de compreendemos e resolvermos de maneira mais eficiente e eficaz os problemas do nosso tempo.
Se você acredita ser também um “filósofo do nosso tempo”, envie-nos seus textos para análise.
Os editores





domingo, 17 de setembro de 2017

POR QUE AMAMOS SEM AMOR?


INTRODUÇÃO
I
Em uma de suas principais obras, chamada “Discurso sobre o método”, considerada marco inicial da filosofia moderna, publicada em 1637, num pequeno capítulo intitulado “Geometria” (Geometria analítica), Descartes[1] (1596-1950) defendeu o método matemático como sendo uma espécie de “ciência” para a busca do conhecimento em todo e qualquer campo do saber. Para a sociedade com resquícios feudalistas em que nasceu, onde havia um grande poder da igreja e inexistia (a não ser a Aristotélico-Tomista) uma tradição relativa à produção do conhecimento, o pensamento de Descartes foi considerado revolucionário. Ele foi (e ainda hoje tem sido), por muitos, principalmente por idealistas, defensores do “dogmatismo gnosiológico”, chamado de pai do racionalismo e dito o primeiro grande “filósofo moderno”.
II
Nosso trabalho, entretanto, de forma epistemologicamente fundamentada, consiste em esboçar uma visão crítica ao pensamento de Descartes e, na mesma via, mostrar que a sua filosofia, ao buscar matematizar não somente a natureza e a sociedade, mas também a vida, etc. (a fim de prever para prover), instituiu, enquanto princípio social e/ou conteúdo ético-pedagógico, principalmente das instituições ditas educativas, a primazia da ideia sobre a matéria e/ou da razão sobre os sentimentos, fazendo do homem um ser desalmado, uma espécie de corpo-máquina, um ser especialista na arte racional da dissimulação, um ser dado à automação (pelo uso metódico da razão), uma aberração, isto é, um ser, entre muitas outras coisas, capaz de:
1-   Amar sem amor;
2-   Fazer sexo sem vontade;
3-   Fazer sexo sem amor e, até mesmo, sozinho;
4-   Viver só para trabalhar (e não trabalhar para viver);
5-   Trabalhar só pelo dinheiro;
6-   Se alimentar sem estar com fome;
7-   Confundir necessidade com vontade;
8-   Não falar o que é verdadeiro, mas somente o que faz sentido e/ou que é lógico, visando sempre alcançar algum benefício;
9-   Colocar a produtividade no lugar da atividade;
10-               Usar as suas emoções, a serviço da razão, para dissimular, ludibriar e alcançar seus objetivos;
11-               Ser conscientemente um desalmado (tendo isso como um valor).
III
Esperamos que esse pequeno livro possa de alguma maneira contribuir à formação de uma geração mais humana, fraterna, tolerante, respeitosa dos diferentes e/ou das diferenças, politicamente participativa, psicologicamente saudável, reflexivamente ética, intelectualmente emancipada e socialmente equitativa.



[1] Filósofo Francês.
Sobre a Coleção

Há algum tempo tivemos a ideia de realizarmos uma criteriosa análise em relação a obras que chegavam às nossas mãos pleiteando publicação e, assim, escolhendo as melhores, publicá-las, autor por autor, algumas em edição bilíngue, numa coleção chamada “FILÓSOFOS DO NOSSO TEMPO”. E hoje ela finalmente está aí, trazendo o melhor dos filósofos contemporâneos para vocês.
A cada nova publicação ou edição, temos descoberto excelentes pensadores. Filósofos que possuem não somente excelente formação, mas também a capacidade de, com as suas ideias, nos fazerem pensar de maneira crítica, dando-nos a possibilidade de compreendemos e resolvermos de maneira mais eficiente e eficaz os problemas do nosso tempo.
Se você acredita ser também um “filósofo do nosso tempo”, envie-nos seus textos para análise.
Os editores

 SOBRE O AUTOR



Cleberson Eduardo da Costa (mais de 100 livros publicados, muitos deles traduzidos para outros idiomas) é natural do Rio de Janeiro, formado pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro/1995-1998), Pós-graduado em educação, Pós-graduando em Filosofia e Direitos Humanos, Pesquisador, Professor universitário, Especialista em metodologia do ensino superior, Pedagogo, Livre-pensador, Licenciado em Fundamentos, Sociologia, Psicologia e Filosofia da educação, Didática e EJA (educação de Jovens e adultos).
Além disso, foi aluno Especial do Mestrado em Educação (1999-2001/PROPED/UERJ), Matriculado, após aprovação em concurso, nas disciplinas [seminários de pesquisa] “ESTATUTO FILOSÓFICO” (ministrado e coordenado pela professora Drª Lilian do Vale); e “POLÍTICAS EDUCACIONAIS NO BRASIL E NA AMÉRICA LATINA” (ministrado e coordenado pelo professor Dr. Pablo Amadeo Gentili). Estudou também no curso de MBA em Gestão Empresarial pela FUNCEFET/RJ/Região dos Lagos (2003-2005) e no curso de Pós-Graduação em Administração e Planejamento da Educação pela UERJ (1999-2000).
De 1998 a 2008, atuou como professor de ensino superior (Instituto Superior de Educação da UCAM/universidade Cândido Mendes) nos campos universitários de Niterói, Nova Friburgo, Araruama, Rio de Janeiro, Teresópolis, Rio das Ostras, etc. Participou (em sua trajetória profissional e/ou intelectual acadêmica) de diversas pesquisas, como, por exemplo, o projeto UERJ-DEGASE, relativo à (EJA) e também em pesquisas centradas em problemáticas políticas, filosóficas e pedagógicas com professores renomados, como Pablo Gentili (UERJ/CLACSO), Carla Imenes (UERJ), Cristiane silva Albuquerque (UERJ), entre muitos outros.
Atualmente dedica-se à docência universitária; a pesquisas em educação; a consultorias relativas à educação, no sentido do aprimoramento, da superação e do desenvolvimento humano; à realização de palestras acadêmicas e multiorganizacionais e à produção de obras nos mais diversos campos do saber.


quarta-feira, 13 de setembro de 2017

NÃO BASTA SER JUSTO


Não basta ser justo: é preciso ser justo e forte, a fim de que a justiça possa ser respeitada.

Não basta ser forte: é preciso ser forte e justo, a fim de que o uso da força não possa ser contestado, e o praticante da ação forte visto como injusto.

A força, quando em ação sozinha, quando sem o respaldo do que é justo, sempre dirá que a justiça é que é injusta. Ou seja, dirá que, ela, a força, é que é justa.

Não se pode fazer com que o que é forte seja justo. O que é forte não respeita o que é dito ou considerado fraco, ainda que este seja justo. É perda de tempo ou insanidade tentar transformar aquele ou o que é forte em justo.

O que se pode e se deve fazer, como solução para conter a lei do mais forte, é fazer com que o que é justo também seja forte, muito forte: seja mais forte do que qualquer outro poder, força ou lei injusta.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

POR QUE OS POBRES MORREM POBRES?

POR QUE OS POBRES MORREM POBRES?

I - DIFERENÇAS ENTRE PESSOAS POBRES (OU DE CLASSE MÉDIA BAIXA) E PESSOAS MISERÁVEIS.

Segundo estudos mais recentes da ONU (organização das nações unidas), uma pessoa considerada miserável, em termos econômicos (diferentemente de uma pessoa dita pobre), é aquela que sobrevive (e não vive), com menos de um ou dois dólares ao dia, destituída de adequada condição de vida, saúde, educação,etc.
Já uma pessoa considerada pobre ou de classe média baixa, diferentemente, é aquela que, além de possuir renda superior a da dita pessoa miserável e levar uma vida minimamente digna, participa, por meio de atividades laborativas formais ou informais, da vida econômica da sociedade.  
Isto é, o dito miserável, diferentemente de uma pessoa considerada pobre ou de classe média baixa, é aquele que, por insuficiência de recursos financeiros, sem ter condições básicas de subsistência:
1-   Está automaticamente fora do jogo econômico capitalista;
2-   Está automaticamente fora da vida social e da vida economicamente ativa;
3-   Está sem condição de cumprir os seus deveres e, na mesma via, de fazer valer ou exercer os seus direitos plenos de cidadão (ou mesmo de consumidor).
Nesse sentido, ser considerado miserável é muito pior do que ser dito pobre ou de classe média baixa, uma vez que, pensa-se aqui, frise-se:
“A situação de miserabilidade, em mais de 99% dos casos, só se resolve com políticas públicas ou ações filantrópicas não paliativas que caminhem nessa direção; e a superação da pobreza, em contrapartida, depende, na maioria das vezes, apenas da determinação do indivíduo em querer buscar se superar e/ou melhorar de vida ao longo da sua existência dita produtiva ou proletária.”
Em outras palavras, a pessoa pobre ou de classe média baixa, ainda que viva de maneira precária ou como excluída social em relação às ditas de classe médias altas ou ricas, possui renda maior ou superior a da pessoa dita miserável, além de moradia e condições de vida minimamente dignas, como também acesso à saúde e educação.
As pessoas miseráveis, na maioria das vezes, diferentemente das pessoas pobre ou de classe média baixa, encontram-se vivendo nas ruas e/ou em condições sub-humanas: condições que não as permitem – sem auxílio externo privado ou público – superá-las.
Em síntese, assim como não se pode comparar economicamente uma pessoa rica com uma pessoa pobre ou de classe média baixa, não se pode também comparar uma pessoa pobre com uma que sobrevive em situações de miséria, embora ambas possam ser, em sentido macro, classificadas como sendo excluídas sociais.




II –PERMANECECER POBRE, DEPOIS DE ALCANÇADA A IDADE DA RAZÃO, É FRUTO DE UMA OPÇÃO OU MÁ FÉ.


Em todo caso, pensa-se, nascer pobre ou miserável no mundo atual é uma consequência direta, em mais de 90%, do capitalismo selvagem, e apenas aprox. 10% ocasionados por fatores ditos como “falta de sorte”, “azar”, “pecado cometido pelos antepassados”, preguiça ou falta de sapiência dos pais, condições ambientais, políticas ou climáticas desfavoráveis, etc.
Quaisquer outras hipóteses que, em maior grau, visem culpar os pobres e miseráveis pelas suas condições de exclusão social (e não o sistema capitalista), estarão fazendo apologia da meritocracia e continuando a mascarar o caráter perverso e egoísta da ética ou ótica da doutrina econômica de acumulação e concentração do capital cada vez mais nas mãos de poucos, que é própria do capitalismo.
Entretanto, pensa-se também que, permanecer pobre, a parir do momento em que se chega à idade da razão, é, ainda que tentando se abster de culpa, uma opção, um estado de conformismo e/ou de falta de entusiasmo para buscar se superar.
Isto é, o miserável, como já dito, mas que aqui ainda se faz necessário redizer, diferentemente da pessoa pobre, para poder se superar ou sair da condição degradante em que se encontra, precisa de auxílio externo (caridades não paliativas ou acesso a políticas públicas). Já a pessoa pobre, para poder se superar, prosperar ou deixar de ser uma escrava assalariada do sistema capitalista, precisa, em grande parte, na maioria das vezes, apenas dela mesma: de uma decisão pessoal.
Pessoas pobres ou de classe média baixa, ao contrário das miseráveis, por exemplo, possuem algum tipo de renda, fruto de aposentadorias, auxílios, atividades laborais formais ou informais, etc.
Pessoas pobres ou de classe média baixa têm conta em banco, cartões de crédito, vidas de consumo e, portanto, estão ativas dentro do sistema econômico.
Pessoas pobres ou de classe média baixa, presas aos processos de consumo da obsolescência programada, pagando sempre altos juros às instituições financeiras, não só ao parcelarem, mas também ao pagarem atrasadas suas contas, enriquecem não a elas próprias, mas aos banqueiros e investidores especulativos.
Tanto as pessoas miseráveis quantos as pobres ou de classe média baixa precisam da tomada de consciência crítica. Entretanto, somente as primeiras precisam, além da vontade própria, também de ajuda econômica para poderem sair da situação em que estão. As pobres ou de classe média baixa, diferentemente, precisam apenas, na maioria das vezes, de uma tomada de atitude, ou seja, da tomada de uma decisão visando ajudarem a si mesmas.

III – SE VOCÊ ESTÁ OU VIVE EM CONDIÇÕES DE MISERABILIDADE, ESSE LIVRO NÃO FOI ESCRITO PARA VOCÊ.

Se você nesse momento se encontra sobrevivendo (e não vivendo), ou seja, caso você se encontre em condição de miséria, certamente você deverá ler esse livro e tirar algum proveito dele. Saiba, porém, que ele não foi escrito para você.
Nesse caso (caso se esteja na miséria), antes de buscar tomar uma atitude em prol da superação da sua condição econômica, busque ajuda externa (de pessoas ou entidades que possam fazê-las ou mesmo do poder público). Isto é, para poder estar em condições de promover a sua superação, primeiramente você precisa estar vivendo em condições minimamente dignas.
Por que essa observação?
Porque esse livro, como já dito, foi escrito para pessoas consideradas pobres ou de classe média baixa (e não para pessoas que estão ou vivem em condições de miséria).
Ele foi escrito para pessoas que, mesmo trabalhando e/ou tendo acesso a algum tipo de renda, não sabem como fazer para prosperar, ou seja, não sabem como fazer o dinheiro que elas ganham gerar mais dinheiro para elas.
A realidade das últimas décadas tem sido trágica: muitas das pessoas pobres ou de classe média baixa, por falta de conhecimentos básicos sobre finanças, têm não somente permanecido pobres ao longo das suas vidas proletárias, mas também regredido: se tornado miseráveis.
Nos últimos tempos os números de pessoas ricas só tem diminuído, assim como também inversamente o volume de riquezas por elas controladas. Ou seja, nas sociedades capitalistas, a cada dia mais e mais pessoas estão ficando pobres e miseráveis e, na mesma via, concentrando-se riquezas cada vez mais riquezas nas mãos de poucos.

Cleberson Eduardo da Costa

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Vivendo em Prosperidade - o segredo das árvores frutíferas

Os gregos antigos entendiam o tempo como ciclo que sempre se repete. Com base na observação da natureza, eles perceberam que ocorre um processo de nascimento, desenvolvimento, declínio e morte. Na primavera, por exemplo, as árvores florescem; no verão, dão frutos; no outono, perdem as folhas; no inverno; parecem mortas; voltando a primavera, elas renascem, e o ciclo se repete. Nesse modo de pensar o tempo, o envelhecimento e morte não são considerados desgraças; pelo contrário, são as preparações para o novo. Em outras palavras, a passagem do tempo não causa ruína, mas apenas renovação[1].

Existem várias formas diferentes de se entender e, ao mesmo tempo, de se falar de prosperidade. Alguns optam por seguirem bases bíblicas, outros seguem por caminhos relativos às suas vivências/experiências como empresários e/ou empreendedores; e ainda existem aqueles que preferem partir de bases científicas, administrativas e/ou financeiras. Nesse livro, todavia, não ficaremos presos especificamente a nenhuma delas, ou seja, utilizaremo-nos das mais diferentes e complexas fontes de conhecimento, mas sempre criando, como recurso metodológico e/ou didático, a fim de facilitar a compreensão do leitor, analogias com as árvores, em especial as frutíferas.
Essas analogias começam a ser feitas a partir do estado de semente da árvore, ao ser lançada na terra, passando pela germinação, crescimento, florescimento, até chegar à vida adulta. Ou seja, no momento em que ela, a árvore, de tempos em tempos, seca, após, de forma qualitativa, cíclica, generosa e abundante, continuadamente dar os seus frutos.
Nesse sentido, faremos analogias tanto com as partes externas de uma árvore frutífera, isto é, com aquelas que são visíveis (semente, caule, folhas, frutos, etc.), tanto quanto com as internas, como as suas raízes, e que naturalmente não se mostram.
Objetivamos, a partir da escolha desse recurso ou caminho didático, fazer com que se possa, para o leitor, melhor clarificar o nosso desenvolvimento de temáticas complexas, em finanças pessoais e também corporativas.
Em outras palavras, objetiva-se facilitar o entendimento do leitor sobre o que é prosperidade, em seu sentido amplo, e também, a partir disso, instrumentalizá-lo sobre o como proceder para poder, de fato, não somente alcançá-la, mas também mantê-la (de forma inteligente e disciplinada) depois de alcançada.
O livro (mais um da série “SEGREDOS DA PROSPERIDADE”) é uma obra de “educação financeira” libertadora. Foi desenvolvido, como todos os outros, visando contribuir de forma crítica à clarividência dos caminhos para a conquista da prosperidade e/ou independência socioeconômica, por parte dos excluídos socioeconômicos, seja nos seus aspectos propriamente individuais, seja no que se refere aos de uma dada coletividade ou corporação.
O autor


SOBRE O AUTOR

CLEBERSON Eduardo da Costa (mais de 100 livros publicados, muitos deles traduzidos para outros idiomas) é natural do Rio de Janeiro, formado pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro/1995-1998), Pós-graduado em educação, Pós-graduando em Filosofia e Direitos Humanos, Pesquisador, Professor universitário, Especialista em metodologia do ensino superior, Pedagogo, Livre-pensador, Licenciado em Fundamentos, Sociologia, Psicologia e Filosofia da educação, Didática, EJA (educação de Jovens e adultos), etc.
Além disso, foi aluno Especial do Mestrado em Educação (1999-2001/PROPED/UERJ), matriculado, após aprovação em concurso, nas disciplinas [seminários de pesquisa] “ESTATUTO FILOSÓFICO” (ministrado e coordenado pela professora Drª Lilian do Vale); e “POLÍTICAS EDUCACIONAIS NO BRASIL E NA AMÉRICA LATINA” (ministrado e coordenado pelo professor Dr. Pablo Gentili).
Estudou também no curso de MBA em Gestão Empresarial pela FUNCEFET/RJ/Região dos Lagos (2003-2005); no curso de Pós-Graduação em Administração e Planejamento da Educação pela UERJ (1999-2000); e realizou vários cursos livres e/ou de aperfeiçoamento nas áreas da filosofia e da psicanálise por instituições diversas, entre elas a FGV (Fundação Getúlio Vargas) e a SBPI (sociedade brasileira de psicanálise integrada).
De 1998 a 2008, atuou como professor de ensino superior (Instituto Superior de Educação da UCAM/universidade Cândido Mendes) nos campos universitários de Niterói, Nova Friburgo, Araruama, Rio de Janeiro, Teresópolis, Rio das Ostras, etc. Participou (em sua trajetória profissional e/ou intelectual acadêmica) de diversas pesquisas, como, por exemplo, o projeto UERJ-DEGASE, relativo à (EJA) e também em pesquisas centradas em problemáticas políticas, filosóficas e pedagógicas com professores renomados, como Pablo Gentili (UERJ/CLACSO), Cleonice Puggian (UNIGRANRIO), Carla Imenes (UEPG), Cristiane silva Albuquerque (UERJ), entre muitos outros.
Atualmente dedica-se à docência universitária; a pesquisas em educação; a consultorias relativas à educação, no sentido do aprimoramento, da superação e do desenvolvimento humano; à realização de palestras acadêmicas e multiorganizacionais e à produção de obras nos mais diversos campos do saber.
clebersonuerj@gmail.com



[1] (Texto adaptado de PETTA, Nicolina Luiza de. História: uma abordagem integrada: volume único. São Paulo: Moderna, 2005. P, 12.)