terça-feira, 29 de agosto de 2017

Fundamentos Filosóficos da Educação

Como dizia o saudoso e grande educador Paulo Freire, “Ninguém ensina nada a ninguém; ninguém aprende nada sozinho: os homens aprendem, uns com os outros, “mediatizados” pelo mundo”.
A incorporação do valor e a corporificação da prática de tal axioma em nosso cotidiano da sala de aula, todavia, não nos exime da necessidade e, muito menos, da responsabilidade de buscarmos procurar entender o “quando” e o “como” se dão esses processos de ensino-aprendizagem descritos por Paulo Freire, já que “ensino”, também segundo o mesmo, não existe e/ou não deveria existir sem “aprendizagem”.
Para nós, sendo assim, faz-se impossível educar e/ou construir processos de ensino-aprendizagem eficazes para o desenvolvimento dos sujeitos da educação (educadores e educandos) sem que haja, antes e/ou durante qualquer processo pedagógico, um olhar investigativo e atento sobre as dimensões e condições cognitivas, sócio-afetivas, psicológicas e biológicas do Ser (homem).
Ou seja, “se ensino não existe e/ou não deveria existir sem aprendizagem; se os homens aprendem uns com os outros mediatizados pelo mundo”, há de se pensar que, para que haja de fato eficácia e eficiência em qualquer processo dito pedagógico, faz-se necessária uma compreensão profunda, epistemologicamente fundamentada, das dimensões ontológicas do Ser, do específico ser Homem que, por assim dizer, como se sabe, não é e, portanto, não deve ser concebido nem tampouco colocado como coadjuvante, mas, sempre, como protagonista desse referido processo. Por esta via, o presente trabalho, de uma forma, além de crítica, filosoficamente holística, busca estabelecer uma investigação dialógica sobre e/ou entre as diferentes concepções ontológicas que, aos seus modos, dentro de suas específicas linhas de estudo, historicamente e/ou na presente era contemporânea, tem levantado e, muitas vezes, de forma unilateral, sistematizado axiomas éticos e estéticos sobre o específico Ser Homem.
Esperamos que essa obra, assim, possa ser útil à formação de uma geração de educadores não somente mais conscientes e compromissados com as questões sociais, políticas e humanitárias, mas também mais competentes pedagogicamente em suas missões políticas revolucionárias e/ou transformadoras.

O autor

domingo, 20 de agosto de 2017

DEZ LIÇÕES SOBRE DERROTAS E VITÓRIAS


Dez (10) lições sobre derrotas e vitórias, um romance filosófico, assim como tantas outras obras do autor, nasceu a partir de um momento de náuseas – caos existencial – no qual todo ser pensante, mais cedo ou mais tarde, tende a passar e onde todos os nossos valores são postos em xeque, sendo passíveis de quebras, a marteladas, como nos diria Nietzsche. Depois das náuseas e do caos, só resta ao Ser três possibilidades:
A)  Voltar a ser ele mesmo;
B)  Tornar-se patológico; Ou, num outro víeis profícuo:
C)  Transcender.
Na primeira, o ser não evolui: quer ser ele mesmo; o mesmo eu sempre. Na segunda, o ser perde a lógica da razão e aprisiona-se no seu próprio mundo. Na terceira, o ser transcende, isto é, passa a querer criar e dar um sentido à sua própria existência.
Em outras palavras, quando a gente de fato muda ou procura mudar: 
1- descobre que nem todo trabalho "dignifica" o homem;
2- que nem toda distância é ausência; 
3- que nem todo silêncio é esquecimento;
4- que nem todo dito amor eterno é insubstituível;
5- que nem toda dita alegria e/ou felicidade é verdadeira;
6- que nem tudo que dizem ser um mal em nossa vida de fato o é;
7- que nem todos os que se mostram bons de fato são...
8- quem nem toda aparente beleza que nos cativa é real...
9- que, na maioria das vezes, sofremos, fracassamos e/ou não prosperamos:
10- por maus hábitos;
11 - porque queremos e/ou gostamos (ignorância e/ou loucura);
12 - por falta de amor próprio;
13 - por falta de fé em Deus;
14 - por falta de amor à vida;
15 - por incapacidade de virar à página;
16 - por incompetência para recomeçar;
17 - por medo de errar;
18 - por falta de motivação para buscarmos ser melhores do que somos e/ou temos conseguido ser;
19 - por sempre nos colocarmos como vítimas e/ou como "coitadinhos" diante dos problemas e/ou das adversidades da vida...
20 - porque acreditamos no destino, ou seja, "que algumas pessoas nasceram para sofrer e outras não..." (diante dessa crença, permanecemos inertes, isto é, como ditos reféns do mesmo).
O autor


SOBRE O AUTOR

CLEBERSON Eduardo da Costa (mais de 100 livros publicados, muitos deles traduzidos para outros idiomas) é natural do Rio de Janeiro, formado pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro/1995-1998), Pós-graduado em educação, Pós-graduando em Filosofia e Direitos Humanos, Pesquisador, Professor universitário, Especialista em metodologia do ensino superior, Pedagogo, Livre-pensador, Licenciado em Fundamentos, Sociologia, Psicologia e Filosofia da educação, Didática, EJA (educação de Jovens e adultos), etc.
Além disso, foi aluno Especial do Mestrado em Educação (1999-2001/PROPED/UERJ), matriculado, após aprovação em concurso, nas disciplinas [seminários de pesquisa] “ESTATUTO FILOSÓFICO” (ministrado e coordenado pela professora Drª Lilian do Vale); e “POLÍTICAS EDUCACIONAIS NO BRASIL E NA AMÉRICA LATINA” (ministrado e coordenado pelo professor Dr. Pablo Gentili).
Estudou também no curso de MBA em Gestão Empresarial pela FUNCEFET/RJ/Região dos Lagos (2003-2005); no curso de Pós-Graduação em Administração e Planejamento da Educação pela UERJ (1999-2000); e realizou vários cursos livres e/ou de aperfeiçoamento nas áreas da filosofia e da psicanálise por instituições diversas, entre elas a FGV (Fundação Getúlio Vargas) e a SBPI (sociedade brasileira de psicanálise integrada).
De 1998 a 2008, atuou como professor de ensino superior (Instituto Superior de Educação da UCAM/universidade Cândido Mendes) nos campos universitários de Niterói, Nova Friburgo, Araruama, Rio de Janeiro, Teresópolis, Rio das Ostras, etc. Participou (em sua trajetória profissional e/ou intelectual acadêmica) de diversas pesquisas, como, por exemplo, o projeto UERJ-DEGASE, relativo à (EJA) e também em pesquisas centradas em problemáticas políticas, filosóficas e pedagógicas com professores renomados, como Pablo Gentili (UERJ/CLACSO), Cleonice Puggian (UNIGRANRIO), Carla Imenes (UEPG), Cristiane silva Albuquerque (UERJ), entre muitos outros.
Atualmente dedica-se à docência universitária; a pesquisas em educação; a consultorias relativas à educação, no sentido do aprimoramento, da superação e do desenvolvimento humano; à realização de palestras acadêmicas e multiorganizacionais e à produção de obras nos mais diversos campos do saber.
clebersonuerj@gmail.com


quinta-feira, 3 de agosto de 2017

FILOSOFIA DO AMOR

Por que filosofia do amor? Não é de hoje que o amor, embora não propriamente o amor entre homem e mulher, tem sido objeto de estudo e/ou de reflexão por parte de diversos filósofos.
Platão, por exemplo, em sua obra “O Banquete” traz à tona, por meio de Sócrates, filósofo de quem fora discípulo, a gênese do ideal de amor que é hoje conhecido como o “amor platônico”. Segundo Platão, quando somos jovens tendemos a nos apaixonar ou amarmos pessoas fisicamente atraentes, mas essa obsessão pelo corpo passa com o tempo, isto é, começamos, com o avanço da idade, a valorizarmos mais a alma ou chamada “beleza interior das pessoas”.
Para o filósofo Aristóteles, diferentemente de Platão, o melhor amor está na amizade, ou seja, no fato de duas ou mais pessoas se unirem em busca da verdade e/ou de um ideal comum.
Já para Schopenhauer, filósofo do século XIX, em sua obra “O mundo como vontade e representação”, o que muitos hoje chamam de sentimento amoroso é apenas a tradução de um radical impulso sexual visando-se à reprodução da espécie. Ou seja, o amor, para esse filósofo, é o objeto único de quase toda a representação humana e, em nome dele, interrompem-se as tarefas mais sérias e desorientam-se os homens de mentes mais geniais. Nas palavras de Schopenhauer:
 “(O amante) imagina que se esforça e se sacrifica por seu próprio prazer, mas tudo que faz, na verdade, é guiado pela reprodução da espécie”.
Para Jean–Paul Sartre, filósofo existencial-humanista do século XX, o amor, o dito contemporâneo amor, não passa de um “ideal irrealizável” na prática, na vida concreta, pois sempre tendemos a querer algo impossível das pessoas que acreditamos amar. Em outras palavras, segundo Sartre, na mesma medida em que somos atraídos pela liberdade e independência que nas pessoas admiramos ou amamos, tentamos também privá-las dessa mesma liberdade e independência quando as conquistamos ou criamos um relacionamento amoroso.
Nietzsche (1844-1900), o filósofo alemão que teceu uma crítica radical à cultura do seu tempo mas que ainda continua mais contemporâneo do que nunca, certa vez escreveu que “no amor e na guerra a mulher é mais bárbara do que o homem”, colocando o sentimento amoroso como uma espécie de força vital (vontade de potência) que faz com que o amante se sinta em um campo de batalhas na busca da suposta pessoa amada. Nietzsche foi ainda mais enfático ao dizer que “tudo o que se faz por amor está além do bem e do mal”.
Como se vê, poderíamos aqui enumerar uma série de grandes filósofos, e também de poetas, que teorizaram sobre o amor, mas a temática não se esgotaria, ou seja, ela continuaria inextinguível, exigindo de nós sempre novas reflexões. E esse, sem dúvida, é um dos grandes motivos pelos quais foi desenvolvido esse trabalho.
II
A obra, construída a partir crônicas, contos, ensaios e poemas, ora faz-nos refletir e emocionar e, em outras, duvidar e até mesmo problematizar as novas relações socioafetivas que estão presentes no agora dito mundo pós-moderno capitalista em que se vive. Ela traz, assim como tantas outras criações do autor, um amálgama explosivo de filosofia com literatura: as por ele criadas e chamadas “Poesofias”.
Espera-se que ela possa de alguma forma contribuir à formação de uma geração mais humanizada, fraterna, respeitosa das diferenças, solidária, socialmente equitativa, politicamente participativa e intelectualmente emancipada.
Os editores



SOBRE O AUTOR

O autor (mais de 100 livros publicados, muitos deles traduzidos para outros idiomas) é formado pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), pós-graduado em educação, pesquisador, professor universitário, especialista em metodologia do ensino superior, licenciado em fundamentos, psicologia, sociologia e filosofia da educação, didática, educação de jovens e adultos, etc.
Participou de diversas pesquisas acadêmicas, centradas em problemáticas filosóficas pedagógicas, com professores renomados, como Pablo Amadeu Gentili (UERJ), Cristhiane silva Albuquerque (UERJ), Marco Antonio Marinho dos Santos (OCA/RJ), entre muitos outros. De 1999 a 2008, atuou como professor no instituto superior de educação da UCAM (universidade Candido Mendes), nos campos universitários de Niterói, nova Friburgo, Araruama, Rio de janeiro, Teresópolis, Rio das ostras, etc.
 Nesse universo etnocêntrico, através de pesquisas paralelas à atividade docente, desvelou problemáticas educacionais significativas a respeito das políticas de formação de professores, tanto na capital quanto no interior do estado do Rio de Janeiro. Escreveu trabalhos como “a caridade da educação e a educação da caridade”; “metodologia participava”; “fundamentos epistemológicos de Aristóteles”, etc.
Atualmente dedica-se à docência universitária, a pesquisas em educação e à produção de obras literárias, filosóficas e científicas.