segunda-feira, 29 de maio de 2017

PEDAGOFILOSOFIA CLÍNICA - Psicanálise pedagógico-filosófica existencial-humanista

I
Fruto de anos de estudos e pesquisas nas áreas da sociologia, psicologia e filosofia da educação, assim como também na EJA (educação de jovens adultos), o livro, um aprofundamento de pesquisa que tem como base a tese de doutorado “Filosofia Antropológica e Educação: um estudo sobre o pensamento de Nietzsche e a cultura”, do mesmo autor, explicita diferentes e importantes temáticas no universo da psicanálise existencial-humanista (pedagofilosofia clínica), e que – enquanto amálgama – se coadunam:
1-   A busca pelo entendimento do homem a partir da perspectiva fenomenológica de Husserl, desenvolvida esta a partir do pensamento Kant (ou neokantismo, cujas bases epistemológicas se encontram na obra crítica da razão pura e outras).
2-    A prática psicanalítica pedagógico-filosófica existencial-humanista, enquanto tratamento psicoterápico, como contraponto, crítica e superação à psicanálise freudiana, isto é, fundamentada epistemologicamente:
A - Nos existencialismos de Kierkegaard, Heidegger, Sartre e outros filósofos existencialistas;
B - No pensamento filosófico ontológico de Nietzsche;
C - E nos procedimentos e/ou recursos didático-metodológicos da educação de jovens e adultos, especialmente naqueles que dizem respeito às relações que envolvem ensino-aprendizagem e o desenvolvimento das consciências críticas de si e de mundo.
II
Ou seja, para a pedagofilosofia clínica (psicanálise pedagógico-filosófica existencial humanista), já que o conhecimento é fenomênico; já que a nossa consciência é doadora de sentido; já que toda consciência é consciência “de”; e já que existe o caráter intencional da consciência, frise-se: não se pode também dizer que existe um inconsciente, nos termos de Freud, que possa ser revelado ao analisado por meio de “associações livres”, “interpretação de sonhos”, etc. O que existem são alienações e/ou ausência do desenvolvimento das consciências críticas de si e de mundo (enquanto geradoras de náusea social, angústia, tristeza profunda, melancolia, inautenticidade, depressão e/ou perda do sentido da existência) que precisam ser superadas.
Em outras palavras, chama-se pedagofilosofia clínica o trabalho psicoterápico e/ou psicanalítico pedagógico-filosófico existencial-humanista através do qual, após uma análise do suposto grau de alienação do paciente-educando em relação a si e ao mundo em que se vive, por meio da problematização (dialética e dialógica) de eventuais problemas existenciais apresentados, traz-se à consciência do mesmo a necessidade da busca pela superação (renovação de si por meio da renovação do entendimento), uma vez que, como dito, não parte-se da ideia de inconsciente no sentido de Freud, mas sim:
1-   De Condicionamentos socioculturais sofridos, nos termos da filosófica antropológica[1];
2-   De Hábitos adquiridos através da cultura e/ou dos processos de socialização[2];
3-    De Alienação, como fruto da ideologia do capital e da socialização por fragmentos[3];
4-   De Omissões, em decorrência de ignorâncias (no sentido de ignorar ou de incompreensão das partes e do todo ao mesmo tempo), por parte do sujeito cognoscente[4], fruto das sociedades tecnicistas e especializadas do capital;
5-   Da Tomada de decisões prejudiciais a si, aos outros e ao mundo em que se vive (biosfera) devido a um profundo desconhecimento de causas e efeitos, nos sentidos macro e micro;
6-      De Ações realizadas por meio de hábitos e/ou costumes, inclusive no que se refere a aspectos éticos e/ou morais;
7-      De Ações realizadas sob a influência das ações alheias;
8-       De Ações realizadas por meio de afetos ou sentimentos;
9-      De Ações realizadas por meio de crenças, convicções e/ou valores como se fossem estes ou estas absolutas verdades;
10-   De Ações realizadas por meio da satisfação de vontades como se elas fossem o mesmo que necessidades.
III
 Entretanto, vale ressaltar, a pedagofilosofia clínica não é composta apenas deste trabalho: compõe o seu universo e/ou eixo temático direto e indireto também muitos outros estudos e/ou pesquisas que culminaram em livros, alguns deles inclusive tendo sido traduzidos para outros idiomas, a saber:
1-   Pedagofilosofia: ética e estética da educação;
2-   Inteligência Transcendental;
3-   Aprender a aprender;
4-   Saber é poder: o básico que você precisa saber para não ser um alienado;
5-   Dez lições sobre derrotas e vitórias;
6-   A indústria da felicidade;
7-   Por que os pobres morrem pobres?
8-   Quem só trabalha não tem tempo para ganhar dinheiro;
9-   Segredos da prosperidade;
10-               Criando prosperidade;
11-               Segredos da superação;
12-               Ser tudo o que se pode ser;
13-               As três transformações do espírito;
14-               O leão e a gazela: dialética do esclarecimento;
15-               Filosofia antropológica e educação: um estudo sobre o pensamento de Nietzsche e a cultura (tese de doutorado);
16-               Capitalismo, apologia da “vita activa” e dano existencial (dissertação de mestrado);
17-               Quem disse que os ricos não entrarão no céu?
18-               O que é aprender, ensinar e avaliar: teorias do conhecimento e da educação;
19-               Egocentrismo infantil na fase adulta;
20-               Sociedade corrompida: transgressão e arte racional da dissimulação;
21-               A sociedade dos ricos sem dinheiro;
E muitos outros.
IV
Palavras-chave: fenomenologia, Husserl, psicanálise, Kant, existencialismo, Kierkegaard, Heidegger, Sartre, clínica, Pedagogia, filosofia, pedagofilosofia, psicoterapia, psicologia, condição humana, Hannah Arendt, Nietzsche, EJA, alma.



[1] Filosofia Antropológica e Educação: um estudo sobre o pensamento de Nietzsche e a Cultura (tese de doutorado de Cleberson Eduardo da Costa).
[2] Idem.
[3] Levine, Donald.
[4] Ibidem.

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