I
Fruto de anos de estudos e pesquisas nas áreas da sociologia,
psicologia e filosofia da educação, assim como também na EJA (educação de
jovens adultos), o livro, um aprofundamento de pesquisa que tem como base a
tese de doutorado “Filosofia Antropológica e Educação: um estudo sobre o
pensamento de Nietzsche e a cultura”, do mesmo autor, explicita diferentes e
importantes temáticas no universo da psicanálise existencial-humanista
(pedagofilosofia clínica), e que – enquanto amálgama – se coadunam:
1-
A busca pelo
entendimento do homem a partir da perspectiva fenomenológica de Husserl, desenvolvida
esta a partir do pensamento Kant (ou neokantismo, cujas bases epistemológicas
se encontram na obra crítica da razão pura e outras).
2-
A prática psicanalítica pedagógico-filosófica
existencial-humanista, enquanto tratamento psicoterápico, como contraponto,
crítica e superação à psicanálise freudiana, isto é, fundamentada
epistemologicamente:
A - Nos existencialismos de Kierkegaard, Heidegger, Sartre
e outros filósofos existencialistas;
B - No pensamento filosófico ontológico de Nietzsche;
C - E nos procedimentos e/ou recursos didático-metodológicos
da educação de jovens e adultos, especialmente naqueles que dizem respeito às
relações que envolvem ensino-aprendizagem e o desenvolvimento das consciências
críticas de si e de mundo.
II
Ou seja, para a pedagofilosofia clínica (psicanálise pedagógico-filosófica
existencial humanista), já que o conhecimento é fenomênico; já que a nossa consciência
é doadora de sentido; já que toda consciência é consciência “de”; e já que
existe o caráter intencional da consciência, frise-se: não se pode também dizer
que existe um inconsciente, nos termos de Freud, que possa ser revelado ao
analisado por meio de “associações livres”, “interpretação de sonhos”, etc. O que
existem são alienações e/ou ausência do desenvolvimento das consciências críticas
de si e de mundo (enquanto geradoras de náusea social, angústia, tristeza
profunda, melancolia, inautenticidade, depressão e/ou perda do sentido da
existência) que precisam ser superadas.
Em outras palavras, chama-se pedagofilosofia clínica o trabalho psicoterápico e/ou psicanalítico
pedagógico-filosófico existencial-humanista através do qual, após uma análise
do suposto grau de alienação do paciente-educando em relação a si e ao mundo em
que se vive, por meio da problematização (dialética e dialógica) de eventuais
problemas existenciais apresentados, traz-se à consciência do mesmo a
necessidade da busca pela superação (renovação de si por meio da renovação do
entendimento), uma vez que, como dito, não parte-se da ideia de inconsciente no
sentido de Freud, mas sim:
1-
De Condicionamentos socioculturais sofridos, nos termos da filosófica
antropológica[1];
2-
De Hábitos adquiridos através da cultura e/ou dos processos de
socialização[2];
3-
De Alienação, como fruto da
ideologia do capital e da socialização por fragmentos[3];
4-
De Omissões, em decorrência de ignorâncias (no sentido de ignorar ou de incompreensão
das partes e do todo ao mesmo tempo), por parte do sujeito cognoscente[4],
fruto das sociedades tecnicistas e especializadas do capital;
5-
Da Tomada de decisões prejudiciais a si, aos outros e ao mundo em que se
vive (biosfera) devido a um profundo desconhecimento de causas e efeitos, nos
sentidos macro e micro;
6-
De Ações realizadas por meio de hábitos e/ou costumes, inclusive no que
se refere a aspectos éticos e/ou morais;
7-
De Ações realizadas sob a influência das ações alheias;
8-
De Ações realizadas por meio de
afetos ou sentimentos;
9-
De Ações realizadas por meio de crenças, convicções e/ou valores como se
fossem estes ou estas absolutas verdades;
10-
De Ações realizadas por meio da satisfação de vontades como se elas
fossem o mesmo que necessidades.
III
Entretanto,
vale ressaltar, a pedagofilosofia clínica não é composta apenas deste trabalho:
compõe o seu universo e/ou eixo temático direto e indireto também muitos outros
estudos e/ou pesquisas que culminaram em livros, alguns deles inclusive tendo
sido traduzidos para outros idiomas, a saber:
1-
Pedagofilosofia:
ética e estética da educação;
2-
Inteligência
Transcendental;
3-
Aprender a
aprender;
4-
Saber é poder: o
básico que você precisa saber para não ser um alienado;
5-
Dez lições sobre
derrotas e vitórias;
6-
A indústria da
felicidade;
7-
Por que os pobres
morrem pobres?
8-
Quem só trabalha
não tem tempo para ganhar dinheiro;
9-
Segredos da
prosperidade;
10-
Criando
prosperidade;
11-
Segredos da
superação;
12-
Ser tudo o que se
pode ser;
13-
As três
transformações do espírito;
14-
O leão e a gazela:
dialética do esclarecimento;
15-
Filosofia
antropológica e educação: um estudo sobre o pensamento de Nietzsche e a cultura
(tese de doutorado);
16-
Capitalismo,
apologia da “vita activa” e dano existencial (dissertação de mestrado);
17-
Quem disse que os
ricos não entrarão no céu?
18-
O que é aprender,
ensinar e avaliar: teorias do conhecimento e da educação;
19-
Egocentrismo
infantil na fase adulta;
20-
Sociedade
corrompida: transgressão e arte racional da dissimulação;
21-
A sociedade dos
ricos sem dinheiro;
E muitos outros.
IV
Palavras-chave: fenomenologia, Husserl, psicanálise, Kant, existencialismo,
Kierkegaard, Heidegger, Sartre, clínica, Pedagogia, filosofia, pedagofilosofia,
psicoterapia, psicologia, condição humana, Hannah Arendt, Nietzsche, EJA, alma.
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